Mais cedo estava me recordando de três anos atrás, nessa época de outubro, quando um pesadelo em minha vida estava terminando. Em dezembro de 2005, minha filha Anna Carolina foi diagnosticada com cancer (neuroblastoma). No início do tratamento os médicos nos deram 50% de chances de cura, vindo mais tarde a ficar em 35% somente.
Foram 10 meses de tratamentos intensos: quimioterapia, cirurgia, transplante de medula e por último, radioterapia. Foram dias dificeis, mas ao mesmo tempo, me senti muito mais próxima de Deus e a cada dia, ele me agraciava com seu consolo, paz e momentos de alegria.
Antecedendo a reposição dos glóbulos brancos, ela teve que fazer um tratamento quimioterápico muito intenso, o que resultou em uma série de complicações, tais como infecções, viroses, bacterias, etc., resultando num problema respiratório muito grande, que levou-a a ficar em coma induzida por 7 dias. Os médicos não nos deram esperança alguma e nos disseram que fariam o melhor para mantê-la sem dor e respirando, por aparelhos, mas que a solução do problema estava fora do alcance deles.
Nesse momento, me lembrei de algo que Deus falara a mim alguns meses antes, que Ele queria que eu continuasse louvando o Nome dEle, não importando com o que acontecesse.
E foi o que eu fiz, quando entrei no quarto e a vi na cama com aparelhos por todo seu corpo, eu orei ao Senhor e louvei ao nome dele por tudo, apesar que, sinceramente, a minha voz quase nem saia. E fiz algo, que para uma mãe é muito difícil: entreguei a vida dela a Deus e deixei nas mãos dEle, a decisão de vida ou morte.
Em 7 dias, da mesma maneira que ela entrou em coma, saiu e foi se recuperando gradualmente, até sair do hospital.
Hoje ela está muito bem, é uma ótima filha, excelente aluna e Deus tem trabalhado na vida dela de uma maneira tremenda.
Ainda existem algumas sequelas no seu corpo, por causa do tratamento quimioterápico muito intensivo, mas eu creio que o Deus que começou a boa obra, irá completá-la.
Beijos no coração,
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